Em cada região do mundo as motivações sociais são diferentes, mas o resultado é semelhante. Garotas que estão prometidas para se casar não conseguem aprender, pois são compelidas por sua família a pensar em constituir família. Casar atrapalha a escola, transformando-o num grande desafio, pois é complicado conciliar casamento e escola. E, casadas ou não, as garotas vivem o grande desafio de engravidar mesmo não estando preparadas para ter um parto, arriscando suas vidas e de seus bebês no nascimento – segundo a OMS, uma das maiores causas de morte de garotas entre 15 e 19 anos é gravidez na adolescência. Este quadro também perpetua a pobreza para muitas famílias nas quais garotas crescem e se tornam mulheres analfabetas.
Mães educadas são duas vezes mais empenhadas em mandar seus filhos para a escola. E, acima de tudo, garotas com acesso à educação passam a ter direito de escolha e conseguem planejar como querem que seu futuro seja, começando pelo planejamento familiar, um dos centrais do trabalho de entidades que atuam no empoderamento feminino.
E, como diz no infográfico abaixo, todos nós podemos fazer algo a respeito disso.
O nome “Por ser Menina“ eu vi num concurso de fotografia que convida fotógrafos profissionais e amadores a compartilharem sua visão sobre a vida e a exclusão das meninas na América Latina. É uma chance de ter uma visão de fora do nosso país sobre o assunto, pois o concurso acontece simultaneamente em 13 países latino-americanos: Brasil, Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai e Peru. Divididas em duas categorias – profissional e aberta – as fotografias devem mostrar como meninas e adolescentes vivem seus direitos no seu dia a dia, evocando os valores e princípios relacionados às liberdades fundamentais.
Daí eu conheci a campanha global Por Ser Menina, lançada em 11 de outubro de 2012, com o objetivo de promover e aumentar o número de meninas que tem acesso à educação de qualidade nos países onde vivem, incluindo as populações mais vulneráveis e excluídas, além de reduzir as barreiras que as meninas enfrentam para receber esta educação.
A realidade nos mostra que as mulheres que melhoram de vida também mudam o destino de quem está próximo. E as meninas que recebem educação de qualidade terão o poder de transformar suas próprias vidas e as vidas daqueles ao seu redor.
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