Quando ouvi falar de “O Doador”, livro de Lois Lowry, lembrei de Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Mas o primeiro dos quatro livros chamados de ” O quarteto O Doador “, até lembra o tema das sociedades opressoras, que veem no absoluto controle social a garantia da segurança pública e da pretensa paz.
O filme, que vi no Telecine, me lembrou também Os Vingadores – Era de Ultron e, claro, a série Divergente, de Veronica Roth. Mas tem um apelo aos sentimentos que me surpreendeu.
Em mundo perfeito, onde não há mais guerras, racismo, tristezas ou doenças, todos são membros de uma comunidade e são encarregados de uma função específica.
Aos 18 anos de idade, Jonas é selecionado para ser o novo Receptor de Memórias da sua comunidade, uma pessoa que tem a missão de guardar todas as memórias, indesejáveis ou não, do passado e tristezas dos habitantes. Contudo, diante dessas novas descobertas, Jonas se vê em meio a difíceis situações e escolhas, descobrindo que tal utopia, e uma verdadeira distopia.
Atualização necessária: uma leitora puxou papo comigo sobre este post e quando eu comentei do livro e filme Fahrenheit 451. Percebi que faltou essa referência aqui. Aliás, Fahrenheit 451, assim como Admirável Mundo Novo e 1984, é um livro (antigo!) que fala deste mundo futurista que já começa a nos alcançar em alguns aspectos. São considerados distopia, termo que acho interessante porque é muito atual, pois mostram sociedades tidas como perfeitas, utópicas, mas na verdade corruptíveis e cujas normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Com isso, a tecnologia e as inovações que aparentemente fariam dessas sociedades exemplos de perfeição, acabam por tornar-se meios de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações. Alguma coisa soou déja vu?
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