Em todo o mundo, o Dia Mundial do Refugiado – celebrado mundialmente em 20 de junho – é uma oportunidade para celebrar a força, a coragem e a perseverança das pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações de direitos humanos.
Muitos artistas ajudam a divulgar a realidade destas pessoas.
Turismo de empatia – ou a história da menina que sonha em conhecer o mundo que quer mudar e melhorar
Um exemplo é o vídeo baseado no poema rítmico “O que levaram com eles”, de Jenifer Toksvig, inspira-se nos testemunhos dos refugiados sobre os objetos e pertencem que levaram com eles quando foram obrigados a deixar seus lares, gravado por Cate Blanchett, Keira Knightley, Juliet Stevenson, Peter Capaldi, Stanley Tucci, Chiwetel Ejiofor, Kit Harington, Douglas Booth, Jesse Eisenberg e Neil Gaiman.
O vídeo faz parte da campanha #ComOsRefugiados, uma petição que tem como objetivo construir uma empatia pública, apoiar aos refugiados e pedir aos governos que atuem com responsabilidade compartilhada em prol das pessoas que foram obrigadas a deixar seus lugares.
A petição #ComOsRefugiados pede especificamente que os governos assegurem o acesso de crianças refugiadas à educação, que garantam que todas as famílias refugiadas tenham um lugar seguro para viver e que todos refugiados possam trabalhar e adquirir conhecimentos que contribuam de forma positiva para suas comunidades.
A petição #ComOsRefugiados será entregue na sede dass Nações Unidas em Nova York dia 16 de setembro, antecedendo a importante Reunião Global sobre Refugiados e Migrantes, marcada para o dia 19 de setembro de 2017.
Em um mundo onde a violência força diariamente centenas de famílias a fugir em busca de paz para suas vidas, acreditamos que este é o momento para mostrar aos líderes mundiais que o mundo está solidário #ComOsRefugiados.
Assinando a petição #ComOsRefugiados, qualquer pessoa ao redor do mundo pode exigir que os governos trabalhem juntos e façam sua parte pelos refugiados.
A petição #ComOsRefugiados será entregue na sede da ONU em New York com ocasião da sessão da Assembleia Geral da ONU no dia 19 de setembro. A petição pede aos governos que:
- Garantam que todas as crianças refugiadas tenham acesso à educação.
- Garantam que todas as famílias refugiadas tenham um lugar seguro para viver.
- Garantam que todos refugiados possam trabalhar e adquirir conhecimentos que contribuam de forma positiva para suas comunidades.
Quer entender melhor esta realidade?
Recomendo o filme “Exodus – De onde eu vim não existe mais”, um retrato das dramáticas e íntimas histórias de refugiados de diferentes partes do mundo que tiveram de deixar suas casas por motivos distintos. Durante dois anos, o filme acompanha as jornadas de Napuli, Tarcha, Bruno, Dana, Nizar e Lahtow, e mostra o desenrolar de seus destinos diante de um mundo pautado por fronteiras abertas e fechadas.
O documentário pode ser visto em plataformas de streaming e será exibido gratuitamente sábado, 24 de junho, às 19 horas, no CineSesc (Rua Augusta, 2.075, São Paulo, SP).
O filme, realizado em coprodução com a Alemanha. As filmagens passaram por diversos países como Sudão do Sul, Argélia, Congo, Mianmar, Cuba, Brasil e Alemanha, faz parte da mostra internacional de cinema “Olhares sobre o Refúgio”, promovida pelo ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e seus parceiros, entre eles a O2 Filmes, como parte das celebrações em torno do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho).
A produção da O2 Filmes, narrada por Wagner Moura, tem roteiro e direção de Hank Levine (produtor de “Lixo Extraordinário” e “Praia do Futuro”, entre outros), a produção é de Fernando Sapelli e Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”). “Exodus” conta a incrível história de pessoas de diferentes partes do mundo que foram forçadas a deixar seus lares e construir suas vidas sob novas e desafiadoras circunstâncias. Napuli, uma ativista política, teve de deixar o Sudão do Sul através da Uganda até a Alemanha, onde está lutando por seus direitos de permanecer ali. Tarcha nasceu no Saara Ocidental e teve que fugir para a Argélia, em 1975, devido à invasão dos Marrocos, indo viver desde então em campos de refugiados. Nascida na Síria, Dana chegou ao Brasil via Turquia e está desesperada para poder reunir sua família no Canadá; e Nizar, um Sírio-Palestino, na sua jornada do Brasil, via Cuba, à Europa, onde ele espera receber refúgio e levar sua família. Bruno, de Togo, levou nove anos em campos na Alemanha, até ser finalmente legalizado e passar a ajudar outros refugiados desde então. Lahtow e Mahka, de Kachin, Mianmar, tiveram que deixar suas casas devido a conflitos militares; ainda que no meio de uma zona de guerra, Mahka enfrenta o perigo para visitar seu lar abandonado. As histórias dos protagonistas de “Exodus” são contadas em paralelo e não em episódios, retratando o desenvolvimento de seus destinos através do período de dois anos de filmagens. O documentário conta com a distribuição da Paris Filmes e co-distribuição da O2 Play.
Outros filmes interessantes para entender esta realidade são:
O filme Fogo no Mar, produção que mostra como os habitantes de Lampedusa, o ponto mais ao sul da Itália, se transformou desde que a ilha se tornou um ponto de desembarque de milhares de imigrantes sem documentos procedentes do continente africano. O documentário foi vencedor do Urso de Ouro como Melhor Filme no Festival de Berlim 2016.
A produção ítalo-palestina “Estou com a Noiva”, dirigida por Antonio Augugliaro, Gabriele Del Grande e Khaled Soliman Al Nassiry. O filme mostra a saga de refugiados numa viagem de 3 mil quilômetros entre Milão (Itália) e Estocolmo (Suécia), tendo como pano de fundo um casamento fictício.
A mostra se encerra em 27 de junho, com o documentário brasileiro “A Casa de Lúcia”, dirigido por João Marcelo e Lúcia Luz. O filme retrata a inesperada viagem de uma refugiada síria que vive no Brasil ao Kuwait, onde ela reencontra seus familiares e evidencia a dificuldade de retornar para um local ao qual já não pertence mais.
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